2020 – do analógico ao digital: crise e oportunidade

O ano de 2020 chegou e veio para ficar gravado em nossas memórias. Vivemos uma crise mundial sem precedentes por conta da pandemia causada pelo Covid-19, e tudo mudou desde então. As pessoas precisaram se isolar em casa, empresas precisaram se adaptar ao teletrabalho, ao home office, o comércio teve que fechar as portas em regime de quarentena, etc. Mas há quem diga que a crise gera oportunidades no mundo moderno, principalmente por termos uma ferramenta poderosa: a internet. A solução sempre esteve presente, porém nunca foi tão explorada.

Para evitar sair de casa, as pessoas estão fazendo tudo online como pesquisa e compra de produtos, consumo de conteúdo, estudos, participação de eventos online, entre outras atividades. Um exemplo da mudança deste comportamento é o crescimento do Mercado Livre, que durante a pandemia ganhou 5 milhões de novos usuários entre vendedores e consumidores (leia mais). Fato é, a crise prejudicou muita gente, mas gerou a oportunidade a partir da necessidade das empresas em se adaptar e investir no online.

Com a quarentena, grande parte do mundo analógico migrou para o digital e as redes sociais ganharam  visibilidade ainda maior como canal de comunicação. Para comprovar, basta fazer um exercício simples: abra qualquer rede social da qual faz parte (pode ser o Facebook, o Instagram, o TikTok ou o LinkedIn) e veja o que está acontecendo. Quantos posts com lives, webinars, vídeos com conteúdo de empresas e marcas você é convidado a se engajar?

2020: a era das lives e calls

As redes sociais são ferramentas poderosas para criar conexão com o público e agregar valor à marca. No meio do isolamento social, o digital acaba sendo a principal forma de conexão do usuário com as empresas. Há vida nas redes sociais. E estar presente, com conteúdo relevante para o público-alvo, traz credibilidade e gera engajamento.

Para se ter uma dimensão, no Brasil, três em cada quatro pessoas têm acesso à internet, isso significa que 134 milhões de brasileiros estão conectados. Entre as atividades online mais comuns online estão o envio e recebimento de mensagens por meio de aplicativos como o Whatsapp (92%) e acesso às redes sociais (76%). Ou seja, mais de 100 milhões de pessoas estão presentes no Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok, Snapchat, etc. – Dados da pesquisa TIC Domicílios 2019, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Outra vantagem é o terreno fértil para a criatividade para ações que movimentam o mercado. Veja o exemplo do Burger King, que em julho lançou nas redes sociais uma campanha que declarava o fim de 2020 com a antecipação do Natal e promoções especiais de fim de ano. O vídeo viralizou na internet e foi assunto de matérias em diversos portais de notícias. Em menos de um mês, o post no Facebook gerou 136 mil reações e foi compartilhado por 60 mil pessoas. No Instagram somaram-se mais de 115 mil visualizações. Ou seja, nas redes sociais, uma simples promoção pode se transformar em algo maior e atingir milhares de pessoas em um curto espaço de tempo e com pouco investimento.

Outro case de sucesso é do HURB, antigo Hotel Urbano, que, durante a pandemia, aumentou seu número de seguidores de 35 mil para 235 mil no TikTok. A marca mantém seu perfil na plataforma desde outubro de 2019 e após uma reformulação do conteúdo ganhou seis vezes mais fãs entre junho e agosto. O HURB é hoje a maior marca do Brasil no segmento viagens dentro do aplicativo, e mesmo o setor que foi um dos mais afetados por conta da pandemia,  a marca encontrou no momento da crise uma maneira de se aproximar do público mais jovem (a média de idade dos usuários do app é de 16 a 24 anos) e inspirar futuras viagens.

Estamos isolados por conta da pandemia, porém estamos conectados. As marcas não precisam se distanciar também de seu público, pelo contrário, elas têm na crise a oportunidade de se fazer presente e ocupar seu lugar no ambiente em que todos estamos: o digital. Com conteúdo relevante e de qualidade direcionado ao público-alvo correto, além de investimento bem empregado em campanhas , pode-se ir muito além do imaginado.

E mesmo que na crise a tendência seja cortar gastos, é importante mirar no relacionamento, visibilidade e engajamento com o cliente nas redes sociais, pois trazem credibilidade e relevância no mercado. E isso é um investimento, tanto para o agora quanto para o amanhã. No presente, o público vai enxergar a marca, receber o conteúdo e procurá-la quando precisar de suas soluções. No futuro, ele se lembrará das pessoas, das mensagens e facilidades que chegaram até ele e o ajudaram a passar por tudo isso. Quem foi visto, será lembrado e o marketing digital se fortaleceu, evoluiu e a tendência veio para ficar.

 

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