Pesquisa Digital 2019: internet ganha mais de 1 milhão de usuários por dia

Cada vez mais, as redes sociais passam a fazer parte da vida das pessoas em todo o mundo, fato confirmado pela pesquisa Digital 2019. O levantamento, feito pelo portal We are Social em parceria com o Hootsuite, divulgado no final do mês de janeiro, mostra que o número de usuários ativos nestas mídias cresceu 9% no último ano. Isso representa um total de 288 milhões de novos usuários.

O estudo, que revela ainda um crescimento diário de mais de 1 milhão de pessoas entre os usuários de internet em todo o mundo, conta com uma série de número impressionantes. Reunindo mais de 230 relatórios, que analisaram o comportamento digital ao redor do globo, a pesquisa destaca cifras registradas entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019, com destaques como:

  • a população mundial chegou ao total de 7.676 bilhões de pessoas;
  • mais de 360 milhões de pessoas passaram a usar a internet em 2018;
  • 57% da população de todo o mundo está conectada à internet;
  • 45% são usuários de mídias sociais (3.5 bilhões de pessoas);
  • o número de usuários de celulares aumentou mais 100 milhões no último ano, sendo que ⅔ da população mundial já tem um celular.

Somente no último mês, 98% dos usuários da internet visitaram redes sociais ou usaram serviços de mensagens, como WhatsApp ou Facebook Messenger. A rede com maior crescimento no último ano foi o Instagram, que ganhou 38 milhões de novos usuários, enquanto que o Snapchat segue em queda e perdeu 41 milhões de usuários.

Em relação ao marketing, o estudo mostra que o Facebook segue campeão de audiência, com uma média mensal de 2.2 milhões de usuários ativos engajados em campanhas. Neste aspecto, vale destacar o crescimento do LinkedIn, que chegou à audiência total para ações publicitárias de 604 milhões de pessoas.

O cenário digital no Brasil

No Brasil, alguns dados também chamam a atenção. Enquanto que a média mundial referente ao tempo online diário é de 6 horas e meia, por aqui, a população fica conectada por 9h29 minutos por dia. Estamos atrás apenas dos filipinos, que passam uma média de 10 horas navegando diariamente.

O número choca ainda mais se considerarmos que a velocidade média mundial da internet é de 54.3 MBPs, mas o Brasil fica muito atrás disso, com apenas 30.0 MBPs.

O país também se destaca entre os criadores de conteúdo no YouTube. Entre os 20 maiores canais do mundo, dois são brasileiros. Na quarta posição da lista está o canal KondZilla, com mais de 47 milhões de inscritos. Seu vídeo mais assistido (o clipe Bum Bum Tam Tam, do funkeiro MC Fioti)  já registrou mais de 1.18 bilhões de visualizações. Também aparece na lista o canal do comediante Whindersson Nunes, com mais de 34 milhões de inscritos.

 

O vídeo do funkeiro Mc Fioti já teve mais de 1.1 bilhão de visualizações no canal KondZilla (Foto: reprodução)

O Brasil aparece ainda em terceiro no ranking do crescimento dos usuários de redes sociais via mobile. No período de um ano, o país cresceu 8%, ficando atrás apenas de China e Índia.

Tendências para o futuro

O estudo aponta algumas tendências que devem ser ditar as regras do universo digital para os próximos anos. A primeira delas é o aumento da importância do controle de voz. As pesquisas por voz têm crescido, principalmente nas economias mais desenvolvidas, mas como parte dos novos usuários vêm de países menos desenvolvidos, plataformas globais como Google, Facebook e Amazon devem buscar interfaces mais fáceis e o comando de voz de apresenta como a alternativa ideal no curto prazo.

 

Uso do comando de voz deve crescer (Foto: reprodução)

Outra tendência será a maior preocupação dos usuários com sua privacidade, após os recentes escândalos envolvendo o Facebook. Além disso, as pessoas estão mais conscientes quanto aos impactos negativos das mídias sociais sobre a saúde mental e devemos assistir a ascensão do conceito de “desintoxicação digital”.

Para escapar de feeds barulhentos, os consumidores também têm migrado para os chamados espaços digitais privados, como Stories, Grupos do Facebook e aplicativos de mensagens. Com isso, as marcas passaram a correr o risco de serem ignoradas caso não consigam entregar conteúdo personalizado, que se conecte em um nível humano com o consumidor. Esse fator é responsável por outra tendência para os próximos anos: o marketing como um serviço. Isso significa que as marcas, ao invés de se focar na divulgação direta, precisam criar elementos de valor para seu público como uma ferramenta auxiliar para anunciar seus produtos.

Quer saber mais? O estudo completo pode ser conferido no link.

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