Se você já conversou com um estrangeiro sabe que, ao se identificar como brasileiro, é inevitável ser questionado se você gosta de samba e futebol. A imagem do Brasil está, intrinsecamente, ligada a estes dois fatores. Podemos dizer que este é o branding do país.
Cada vez mais, as nações percebem e utilizam ferramentas que reforcem sua imagem no mundo, a partir de objetivos muito bem definidos. De forma resumida, Nation Branding significa aplicar técnicas que vêm do mundo corporativo para fortalecer a representação de países ou cidades.
Os países estão percebendo o valor de sua marca como um ativo/bem.
Essa prática é voltada para atrair investimentos internacionais, facilitar o comércio, melhorar a competitividade nos setores privados, ou até mesmo para assegurar influência geopolítica.
Em reportagem publicada no jornal britânico The Guardian, representantes do Institute for Identity (Instid), uma empresa britânica que desenvolve ações de branding para nações, destacam que é preciso descobrir a verdadeira identidade de um lugar, através das pessoas, história, eventos e tradições.
Sendo assim, a imagem de um país pode ser trabalhada a partir de diversas frentes.
Política – nesse caso, o objetivo é reforçar a liderança e o posicionamento político de um país. Um exemplo foi a atuação do Brasil junto à ONU, com tropas do exército presentes no Haiti, em missão de paz, de 2004 a 2017. A iniciativa marcou o Brasil como um país solidário, disposto a ajudar na resolução de conflitos.
Econômica – através de sua postura em negociações comerciais e investimentos, um país pode trabalhar sua imagem de maneira mais agressiva e proativa. Um exemplo recente foi o convite da China para que jornalistas conhecessem sua indústria de inovação tecnológica. A ação teve como objetivo superar o mito de que o país asiático produz apenas “cacarecos” sem qualidade, e que hoje visa se tornar o principal produtor de inovação do mundo. Por aqui, reportagens sobre o tema foram publicadas em veículos como Valor Econômico e Folha de S. Paulo.
Cultural – um país também pode estabelecer seu branding e influência pelo mundo através da cultura. Um dos melhores exemplos são as indústrias cinematográfica e de música norte-americana.
Turismo – o turismo também é um bom caminho para reforçar a imagem de um país. Isso porque, é através dele que os governos têm a chance de conversar com o público final, além de divulgar pontos positivos da nação.
A importância das redes sociais e o papel dos influenciadores digitais
A prática mais comum em termos de divulgação de ações, lugares e eventos de um país é contar com o auxílio da imprensa. No entanto, as redes sociais, que também se tornaram uma forte aliada para o branding das nações, trouxeram a figura dos influenciadores digitais.
Como o conteúdo produzido pelos jornalistas pode transmitir a ideia de ser mais técnico, para se aproximar do público, recorrer aos influenciadores é fundamental. Isso porque, as pessoas querem se identificar com as experiências vividas e ter a impressão de estar interagindo com alguém como ela.
Esse tipo de ação tem se tornado vital e foi, inclusive, um dos temas tratados na WTM – principal feira de turismo do mundo – deste ano, realizada em Londres.
Outra vantagem é o leque de possibilidades que se abre com as redes sociais.
Um dos exemplos mais bem sucedidos da atuação dos influenciadores é o reality show Cami and Vic take… As blogueiras Camila Coutinho e Victoria Ceridono, que inicialmente, tinham atuação voltada para moda e beleza, realizaram uma série de vídeos em seus canais de Youtube, divulgando destinos como: Londres, Paris, Las Vegas, Dubai e Austrália, muitas vezes, com o apoio e patrocínio dos governos locais.
Outra novidade foi apresentada pelo Visit USA, que lançou a GoUSATV. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na Apple Store e Google Play e disponibiliza episódios, documentários e filmes com a temática de entretenimento de viagem.
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